![]() |
Foto: Paulo Pinto/AE |
A notícia: Diretor de marketing do Corinthians, Luis Paulo Rosenberg sugeriu (em tom de ironia) na última semana que o Palmeiras, na rodada final do Brasileirão, entregasse as faixas de campeão ao Corinthians, caso o Alvinegro conquiste o título de forma antecipada, neste domingo. Os palmeirenses não gostaram da ideia.
A DAMINHA SEM HONRA
Desde os tempos de escola, Roberto e Caetano nutriam e cultivavam certa rivalidade. Comparavam notas e namoradas, lutavam para mostrar quem tinha a melhor condição social e até mesmo quem possuía o maior número de amigos no falecido Orkut.
Por três anos, Caetano namorou com Miriam. Amavam-se sem limites, até a jovem perceber que, se também entrasse na onda de compará-los, era mais vantajoso ficar com Roberto. E assim fez.
Após cinco anos de relacionamento, era o momento do casamento. Na correria dos preparativos, um problema surgiu. A um mês do casório, não haviam encontrado uma dama de honra que pudesse levar as alianças até o altar.
Sem amigos com filhas pequenas ou parentes de pouca idade, não encontravam uma solução. Dona Josefina, mãe da noiva, até fez sugestões:
- E a Aninha, filha daquela sua prima de terceiro grau que mora no interior?
- Sem chances. Essa menina é encapetada, coloca tudo na boca. É capaz de comer as alianças.
Os dias passavam, a cerimônia se aproximava, quando Roberto teve uma ideia. Provocativo e dono de si, lembrou de Caetano.
- Por que não o chamamos para levar as alianças ao altar? Quem sabe assim a depressão dele vira conformismo - provocou.
Surpresa, mas empolgada, Miriam achou que aquela atitude poderia dar fim à relação de ódio e competição dos dois. Procurou então o número de telefone do ex-namorado em uma agenda velha e começou a discar. Mas Roberto tomou-lhe o aparelho e fez ele mesmo a proposta indecorosa:
- Alô, Caetano? Aqui é Roberto. Eu e Miriam vamos nos casar em um mês. Pensamos em você como daminha de honra do nosso casamento, o que acha? Você nos leva as alianças até o altar e nos deseja felicidade. Seria uma boa demonstração de Fair Play da sua parte...
Caetano ficou em silêncio. Desde que perdera Miriam, nunca mais se envolveu em outra relação. Há cinco anos chorava em dezembro, quando percebia que os meses haviam passado sem que ele encontrasse alguém que a substituísse.
Mesmo humilhado e ofendido, disse que aceitava. Pensou que seria a última chance de encontrar Miriam antes de perdê-la de véu e grinalda. Podia até levar as alianças, mas não abria mão da vitória. Decidiu que, naquele dia, não haveria comemorações.
No posto de "daminha", ensaiou durante um mês um discurso que defendia sua honra. Na igreja, ao levar os anéis, parou na frente dela e disse tudo o que sentia. Um discussão áspera e suja entre Roberto e Caetano fez o padre cancelar o matrimônio, remarcado para dali a 30 dias.
Se Roberto ganhou o campeonato, Caetano triunfou naquela partida. Ninguém o julgou. Admitiram que um rival nunca passaria seu objeto de desejo a outro com sorriso no rosto.
No novo casamento, o ex-namorado sequer apareceu. A daminha de honra foi Aninha, a comedora de alianças. Foi ela quem estragou a cerimônia pela segunda vez.